metodologia

A pesquisa, quantitativa e aplicada, contou com uma investigação baseada em uma abordagem exploratória descritiva. Inspirada no trabalho de Bendassoli (2007)[1] e Creswell (2003)[2], essa abordagem é adequada para estudos de temas pouco conhecidos, tais como as tecnologias de Realidade Estendida.

O trabalho baseou-se em uma amostragem não probabilística por conveniência (quando o pesquisador seleciona membros da população mais acessíveis), uma vez que responderam ao questionário os responsáveis pelas empresas que foram contatados ou tomaram conhecimento da existência da pesquisa e disponibilizaram-se a respondê-la dentro do universo desconhecido do total de empresas que trabalham com o universo XR no Brasil.

Entendemos que, na amostragem por conveniência, a diferença entre os valores da população universo e os valores da amostra são desconhecidos, em termos de tamanho e características. Não é possível mensurar os erros deste processo amostral (Kinnear e Taylor, 1996)[3]. Dessa forma, quando se utiliza uma amostragem não probabilística os resultados não podem ser generalizados para o total da população universo (Mattar, 1996, p. 133)[4].

Os métodos de recrutamento utilizados foram postagens em redes sociais do próprio Mapeamento, contatos por e-mail e telefone de listas de empresas associadas a entidades representativas como ABRAGAMES, BRAVI, ICAB e XRBR, apoio de entidades parceiras através da divulgação em suas redes, e efeito bola de neve (quando as pessoas alcançadas pela divulgação original da pesquisa repassam a informação para outros possíveis respondentes).

A estrutura do estudo se inspirou na abordagem Design Thinking, por entender que os dados analisados visam entender experiências, pensamentos e comportamentos de um nicho marcado pela inovação, mas que tem enfrentado dificuldades para superar padrões consolidados de pensamento e comportamento no desenvolvimento de políticas públicas.

A coleta de dados foi realizada entre 8 de julho de 2020 a 8 de agosto de 2020, e contou com 138 respondentes.  

 

[1] BENDASSOLLI, Pedro Fernando. Estudo exploratório sobre indústrias criativas no Brasil e no Estado de São Paulo. São Paulo: FGV, 2010.
[2] CRESWELL, J. Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. 2nd ed. Thousand Oaks, CA: Sage, 2003.
[3] KINNEAR, Thomas C.; TAYLOR, Janes R. Marketing research: an applied approach. New York: McGraw-Hill, 1996.
[4] MATTAR, Fauze. Pesquisa de marketing – edição compacta. São Paulo: Editora Atlas, 1996.